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Certidão de óbito de Rubens Paiva é corrigida e indica 'morte causada pelo Estado Brasileiro'

Outros 201 documentos de vítimas da Ditadura Militar serão modificados devido determinação do CNJ

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Certidão de óbito de Rubens Paiva é corrigida e indica 'morte causada pelo Estado Brasileiro'

Foto: Reprodução

A certidão de óbito do ex-deputado federal Rubens Paiva, desaparecido em 1971 durante a Ditadura Militar, foi retificada na quinta-feira (23), após o filme “Ainda Estou Aqui”, que retrata o assassinato de Rubens, ser indicado a três categorias do Oscar 2025

A mudança atende a uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de dezembro do ano passado, que contempla 434 vítimas do regime. 

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Nas versões anteriores do documento, a causa da morte constava como desconhecida. As novas certidões indicam o motivo como "não natural; violenta; causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964".


Eunice e Rubens Paiva
Arquivo Pessoal

Correções

Segundo o CNJ, as famílias não precisarão buscar os cartórios para obter os documentos. O trabalho será feito pelas corregedorias-gerais de cada estado. 

As entregas vão acontecer em fevereiro, após os cartórios encaminharem os documentos atualizados ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Segundo os dados da pasta, serão 202 casos de retificação e 232 novos registros de óbito a serem produzidos. 

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania informou ainda que a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos deverá providenciar as entregas das novas certidões em solenidade com pedidos de desculpas e homenagens.

Indicações ao Oscar


Reprodução

Fernanda Torres e o filme "Ainda estou aqui" foram indicados ao Oscar nas categorias Melhor Atriz, Melhor Filme e Melhor Filme Internacional. Baseado no livro homônimo do jornalista Marcelo Rubens Paiva, o longa retrata a memória da família do próprio escritor, que perdeu o pai para a Ditadura Militar. 

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No filme, Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva, mãe de Marcelo Rubens Paiva, que lutou para que o Estado brasileiro fosse reconhecido como o responsável pela morte do marido, Rubens Paiva, durante o período da ditatorial brasileiro. 

O corpo de Rubens Paiva, retirado de casa por militares há 54 anos, em 20 de janeiro de 1971, nunca foi encontrado. 

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