CGU identifica distorção de quase R$ 16 bilhões nas contas do Ministério da Saúde
O problema, que compromete a situação patrimonial, é referente a 2022, durante o governo Bolsonaro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Controladoria Geral da União (CGU) identificou uma distorção nas contas do Ministério da Saúde no valor de quase R$ 16 bilhões em 2022. Os problemas comprometem a situação patrimonial, o resultado financeiro e os fluxos de caixa da pasta nas demonstrações contábeis.
As distorções, no total de R$ 15,9 bilhões, foram apontadas em auditoria da CGU. No último ano do governo Bolsonaro, a Saúde foi comandada pelo cardiologista Marcelo Queiroga. As inconformidades também são referentes ao pagamento de despesas, lançamentos contábeis em contas de estoques e controles patrimoniais.
No relatório, o órgão relaciona uma série de 21 recomendações ao Ministério da Saúde, Funasa e Agência Nacional de Saúde (ANS). Entres elas, o órgão aponta a necessidade de realizar ajustes nos lançamentos nas contas de estoques e no controle de perdas.
“Considerando as distorções e as inconformidades apontadas, conclui-se que as demonstrações contábeis do Ministério da Saúde não refletem, em todos os aspectos relevantes, a real situação patrimonial, financeira e econômica da organização e que parte das transações subjacentes apresenta inconformidade com as normas aplicáveis”, anotou a CGU.