Cheia dos rios no Amazonas impacta meio milhão de pessoas, diz governo
Dos 62 municípios, 40 decretaram situação de emergência e 18 estão em alerta

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
A cheia dos rios no Amazonas já impactaram 534.829 pessoas diretamente este ano, segundo o governo estadual. Dos 62 municípios, 40 decretaram situação de emergência e 18 estão em alerta.
As nove calhas de rios do Amazonas estão em processos de cheia. O aumento no volume dos rios afeta a população das cidades, dificultando entrada e saída de alimentos e o funcionamento de serviços essenciais.
As chuvas no Amazonas estiveram acima da média no último trimestre. Planilha de monitoramento da Defesa Civil estadual aponta que a capital Manaus, na calha do rio Negro, está com a cota próxima ao nível crítico de enchente, com 29,04 metros registrados nesta sexta-feira (4). A cota máxima já registrada foi de 30,02 metros em junho de 2021.
Na calha do médio Amazonas, o município de Itacoatiara chegou a 14,42 metros na cota mais recente, medição feita na quinta (3). A cota máxima é de 15,20 metros, registrada em maio de 2021.
Parintins, na parte baixa do rio Amazonas, teve 8,42 metros de cota na quinta (3). A cota máxima registrada foi de 9,46 metros também em 2021.
De acordo com a secretaria estadual de Educação, 444 alunos estão sem aulas em quatro municípios: Anamã, Itacoatiara, Novo Aripuanã e Uarini. Ainda segundo o governo Wilson Lima (União Brasil), 580 toneladas de cestas básicas foram enviadas para 18 municípios.
O período de chuvas, mais extenso em 2025, é o responsável pelo volume dos rios, segundo boletim da Defesa Civil.
Nota divulgada pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) aponta que a atuação da chamada zona de convergência intertropical influenciou o volume de chuvas na região norte. Em junho, Manaus registrou acumulado de 236,9 mm de chuva, 102% acima da média histórica para o período.
O período de chuvas se estendeu para o início de julho. Neste sábado (5), o Inmet indica a presença de nuvens associadas à chuva sobre as regiões metropolitana e norte do Amazonas, com potencial de chuva moderada e forte nos municípios da região, incluindo a capital Manaus.
Em contrapartida, áreas como o sudeste do Pará e Tocantins vivem período de seca, sem registro de chuva no mês.