China reconhece propriedade de suposto balão espião que sobrevoava América Latina
Segundo a porta-voz chinesa, o balão desviou de sua rota programada por acidente
Foto: Reprodução/Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China
A China admitiu nesta segunda-feira (6) ser proprietária do balão que sobrevoava a América Latina e se tornou de conhecimento público após anúncio dos Estados Unidos. Segundo o país de Xi Jinping, o objeto civil é usado para testes de voo.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou em coletiva de imprensa que em razão de forças meteorológicas e uma capacidade de manobra limitada, o balão desviou da rota programada e, por acidente, dirigiu-se para a América Latina e o Caribe.
"A China é um país responsável e sempre respeitou rigorosamente o direito internacional", disse Ning a jornalistas. "Entramos em contato com as partes relevantes e estamos lidando com a questão de forma adequada, sem causar ameaças a qualquer país", declarou.
No último sábado (4), o Pentágono divulgou a identificação do balão de alta altitude, que segundo o órgão de defesa norte-americano é um artefato de Pequim para espionagem. No mesmo dia, autoridades militares dos EUA comunicaram a destruição, com o uso de um caça na região da costa da Carolina do Sul, do artefato que sobrevoava o espaço aéreo do país.
Nesta segunda-feira (6) a chancelaria chinesa voltou a chamar o abate do balão de 'exagerada'. "O exagero do lado americano sobre esse assunto e mesmo o uso da força são inaceitáveis e irresponsáveis", disse Ning. "Diante desse tipo de incidente inesperado e isolado, ambos os lados, em especial os EUA, deveriam agir de maneira calma, profissional e adequada."