Cientistas recriaram música do Pink Floyd a partir de ondas cerebrais
Atividade foi captada por meio de eletrodos colocados diretamente no cérebro
Foto: Reprodução/Pixabay
O clássico “Another Brick in the Wall", do Pink Floyd, foi recriado por cientistas da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, com base na gravação de ondas cerebrais de pacientes que escutavam a música. É a primeira vez que uma canção é decodificada a partir do registro da atividade elétrica do cérebro.
Um estudo que detalha o trabalho foi publicado nesta semana no periódico PLOS Biology. A iniciativa permitiu que os cientistas identificassem novas regiões do cérebro ligadas à musicalidade. A expectativa é que a tecnologia no futuro ajude pessoas com problemas de comunicação, já que os avanços que conseguem decodificar pensamentos em texto ainda carecem de fatores como ritmo, ênfase e entonação, que atribuem significado ao que está sendo dito.
Esse avanço também pode ajudar a restaurar a musicalidade natural do discurso de pessoas que sofrem de doenças neurológicas, como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que prejudicam a fala. Os cientistas analisaram gravações de ondas cerebrais de 29 pacientes submetidos a cirurgias para o tratamento da epilepsia. Durante a intervenção cirúrgica, eles escutavam um trecho de três minutos da canção mais famosa do álbum The Wall, de 1979. A atividade cerebral foi captada por meio de eletrodos colocados diretamente no cérebro dos voluntários, enquanto eles eram operados.