Ciro Gomes afirma que manifesto de apoio a Lula é “fake news” e nega que tenha assinaturas do PDT
Candidato do PDT à presidência disse que candidatos querem “simplificar” o debate eleitoral e “aniquilar alternativas”
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) classificou, nesta quarta-feira (21), classificou como "fake news" o documento divulgado pela imprensa que afirma que membros do seu partido assinaram um manifesto em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Não existe isso, o tal manifesto. Não existe uma única assinatura de nenhum único quadro do PDT. Nenhum! E até tinha uma assinatura falsa”, disse a jornalistas antes de participar de sabatina promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo.
“Vocês [jornalistas] estão sendo vítimas de uma fake news produzida pelo Lula, petismo corrupto que dominou a cena da internet no Brasil hoje”, acrescentou.
O pedetista voltou a criticar adversários à esquerda e à direita que, segundo ele, querem “simplificar” o debate eleitoral e “aniquilar alternativas”. “Isso é uma tragédia para um país como o Brasil”, disse o político.
“Por que a gente faz em dois turnos? Para que no primeiro turno cada um de nós vote naquilo que entender, vamos dizer, representativo do seu ponto de vista de doutrina, de ideologia, de valores — inclusive morais — e isso vai afirmar a vitória ou a derrota”, afirmou.
Manifesto
Ativistas e militantes políticos divulgaram, nos últimos dias, um manifesto que teria sido assinado por filiados e ex-filiados do PDT, intitulado “Trabalhistas pela democracia: o voto necessário”. O documento traz nomes como o deputado federal Túlio Gadelha, ex-integrante do PDT e atualmente candidato à reeleição pela Rede, e Luiz Marcelo, assessor parlamentar e chefe de gabinete de Gadelha.
Nas redes sociais, o deputado negou que tenha assinado o manifesto. “Não assinei manifesto contra Ciro. Tenho profundo respeito pelo ser humano e por suas ideias. Não é momento de divergir. Sei da responsabilidade que o tempo pede. Vamos manter nosso campo coeso. No segundo turno, Ciro estará com Lula. Ou Lula com Ciro”, publicou.
Ciro afirmou que a iniciativa teria o objetivo de “desqualificar” sua candidatura. “É bom você se perguntar por que anônimos que não pertencem ao partido fazem isso? Fazem isso para servir de máquina de propaganda para desqualificar uma candidatura que só faz bem ao partido e que foi escolhida por unanimidade”, finalizou.
Trechos que circulam do manifesto dizem que Lula seria “a única candidatura capaz de derrotar o bolsonarismo já no primeiro turno”.
“Cabe lembrar que quem assume o tom ‘polarizador’ no pior sentido do termo é o pedetista, que agora adota uma postura de ex-companheiro de trincheira. O ano é 2022. Aquele Ciro que conseguia se manter numa sintonia fina com o campo progressista já não existe mais”, diz o documento.