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Eleições: lideranças latino-americanas pedem que Ciro Gomes desista de candidatura presidencial

Autores afirmaram, em carta aberta, que as eleições brasileiras deste ano representam uma disputa entre fascismo e democracia

Por Da Redação
Ás

Eleições: lideranças latino-americanas pedem que Ciro Gomes desista de candidatura presidencial

Foto: Reprodução/Twitter

Líderes da esquerda latino-americana divulgaram uma carta aberta nesta terça-feira (20), solicitando que o candidato pelo PDT à Presidência, Ciro Gomes, desista das eleições para ajudar a eleição do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva.

O documento foi assinado por políticos, juristas e intelectuais de diversos países da América Latina, entre eles Rafael Correa, ex-presidente do Equador, e Adolfo Pérez Esquivel, ativista de direitos humanos e ganhador do Nobel da Paz de 1980.

De acordo com o texto, a renúncia do pedetista é essencial para deter o avanço político de Bolsonaro que, segundo os autores, é “um personagem imoral, um fanático alucinado sem princípios morais que deixou mais de 700 mil brasileiros e brasileiras morrerem sem fazer o menor esforço para salvá-los”.

O texto ainda indica que as eleições brasileiras deste ano representam uma disputa entre o fascismo e a democracia, representados pelo atual presidente e Lula, respectivamente.

Os autores afirmam que Bolsonaro tem “natureza perversa”, que suas promessas são “completamente inúteis e que ele “é um traidor em série”. A carta finaliza pedindo que Ciro se dirija aos eleitores com o discurso de que “a urgência da luta contra o fascismo não lhes deixa outra escolha a não ser apoiar a candidatura presidencial de Lula”.

“É incompreensível para nós, na atual situação brasileira, sua insistência em apresentar sua candidatura presidencial para o primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil, neste 2 de outubro, que sem o menor exagero pode ser considerado um ponto de virada histórico. Por quê? Porque a escolha fundamental não será entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio “Lula” da Silva, mas entre fascismo e democracia. (…) A dura realidade é que, mantendo sua candidatura, caro camarada Ciro, a única coisa que você fará é dispersar forças, enfraquecer a força do bloco antifascista, com todas as suas contradições, facilitar a vitória de Bolsonaro e, eventualmente, abrir caminho para um novo golpe. (…) Ao enfraquecer a candidatura unitária de Lula, ao dispersar as forças do bloco que se opõe ao fascismo, o que você fará objetivamente (além de suas intenções, que não duvidamos são boas) será pavimentar o caminho para a perpetuação de Bolsonaro no poder”, defende o documento.

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