Ciro Gomes retorna ao PSDB após quase três décadas

Ex-governador do Ceará é anunciado como novo presidente do partido no estado e afirma que só voltaria a disputar eleições

Por Da Redação
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Ciro Gomes retorna ao PSDB após quase três décadas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes oficializou, nesta quarta-feira (22), sua filiação ao PSDB, partido ao qual retorna após 29 anos. O anúncio foi feito durante um evento em Fortaleza (CE), onde também foi confirmado como o novo presidente da legenda no Estado.

Conhecido pelo tom contundente, Ciro usou o discurso para atacar antigos adversários políticos. Entre os alvos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT). “Quando Lula se elege, chama o José Alencar, do PL, para ser o vice-presidente da República. Aí tudo bem, pode fazer aliança com o PL. Quando Lula resolveu lançar Dilma, sem vivência política nenhuma, já avisado que as coisas podiam ser gravemente traumatizadas, como infelizmente aconteceu, ele chamou a polêmica figura do Michel Temer, do MDB. Aí pode, não tem problema nenhum, porque sendo Lula e o PT, pode”, afirmou Ciro.

Em seguida, ironizou a atual composição do governo. “Quando agora, mais recentemente, o Lula quis se eleger por quase 1% apenas de diferença do Bolsonaro, depois de todas as dificuldades que passou, quem ele chamou para ser o vice? Geraldo Alckmin, fundador do PSDB, agora é socialista, um grande guru da esquerda, companheiro, porque para eles tudo pode”, completou.

Ciro também agradeceu o convite feito pelo ex-senador Tasso Jereissati, a quem chamou de “o maior estadista cearense”. “De tantos gestos, o mais transcendente, mais relevante e generoso foi o convite do maior estadista cearense, Tasso Jereissati, para que eu recomeçasse a minha vida pública no PSDB”, declarou.

Questionado sobre uma possível candidatura ao governo do Ceará em 2026, Ciro evitou confirmar, mas deixou em aberto a possibilidade. “Se o juízo mandasse em mim, eu não seria mais candidato a nada. Mas o juízo é pouco, aqui. Quem manda aqui é o coração. Vamos preparar um projeto de futuro. Vou cumprir a minha obrigação”, disse.

Segundo ele, só voltaria a disputar eleições em um contexto de “polarização extrema”, mas reforçou que sua atuação política continuará sem radicalismos.

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