Coligação de Lula pede ao TSE a retirada de mais de 200 publicações da internet
Quinze ações alegam ao órgão que estes conteúdos induzem à desinformação
Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
A Coligação Brasil da Esperança, que apoia a candidatura do ex-presidente Lula , pede ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a derrubada de mais de 200 publicações nas plataformas Twitter, Facebook, Instagram, Kwai, Gettr, YouTube, TikTok, Telegram e em sites diversos, por desinformação na internet. Foram apresentadas 15 ações que envolvem vídeos de diversos assuntos com acusações ao candidato à Presidência.
Em um dos materiais, Lula toma água diretamente de uma garrafa e o vídeo insinua que ele estaria se alcoolizando durante seus discursos nos atos de campanha. Em outra ação, a campanha de Lula questiona vídeo editado que dá a entender que Lula teria “agradecido o coronavírus”.
Há ainda falas envolvendo o Pix, o 13º salário, trabalhadores de aplicativos de entrega e até mesmo o kit do Ministério da Educação voltado à educação sexual (que ficou conhecido pejorativamente como “kit gay” e que foi amplamente divulgado nas eleições de 2018 contra o então candidato do PT e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad).
Os escritórios Aragão e Ferraro Advogados e Zanin Martins Advogados afirmaram em nota que o conjunto de vídeos apresentados “revela que há um grande movimento coordenado de grupos e apoiadores do candidato à reeleição Jair Bolsonaro para disseminação de notícias falsas, com o claro intuito de influenciar as eleições deste ano”.
“Um ponto de relevância é a variedade de redes sociais utilizadas para compartilhar as desinformações, de modo a alcançar o maior número de eleitores e eleitoras e, assim, influenciar negativamente o processo eleitoral. O alcance das publicações fica evidente pois há posts que chegam a 600 mil visualizações e compartilhamentos. As graves mentiras podem confundir o eleitorado brasileiro e, consequentemente, influenciar o resultado do pleito eleitoral”, afirmam os advogados.