Com 9 milhões de mortes em 2019, mundo registra pouco avanço contra poluição, afirma estudo
Dados da Comissão Lancet foram divulgados na terça-feira (17), pela revista científica The Lancet Planetary Health

Foto: Reprodução/Agência Brasil
A poluição causou cerca de nove milhões de mortes em 2019, equivalente a uma em cada seis mortes em todo o mundo, aponta o novo relatório da Comissão Lancet sobre Poluição e Saúde publicado na revista científica The Lancet Planetary Health nessa terça-feira (17).
O levantamento, que compila as informações mais atualizadas sobre o problema, revela um cenário global preocupante, já que o número de mortes pela poluição permanece praticamente igual desde a última análise realizada em 2015.
Apesar da redução no número de mortes por fontes de poluição associadas à pobreza extrema, como poluição do ar doméstico e da água, essas quedas são compensadas pelo aumento de mortes atribuíveis à poluição industrial, que englobam a poluição do ar ambiente e química.
O estudo também mostra que as mortes causadas por esses fatores de risco, considerados pelos autores consequência não intencional da industrialização e da urbanização, aumentaram 7% desde 2015 e mais de 66% desde 2000.
“Os impactos da poluição na saúde continuam enormes, e os países de baixa e média renda arcam com o peso desse fardo. Apesar de seus enormes impactos na saúde, sociais e econômicos, a prevenção da poluição é amplamente negligenciada na agenda de desenvolvimento internacional”, diz Richard Fuller, autor principal do estudo em comunicado.
“A atenção e o financiamento aumentaram apenas minimamente desde 2015, apesar do aumento bem documentado da preocupação pública com a poluição e seus efeitos na saúde”, completa.