Com saída de Sabino do Turismo, governo soma 13 trocas desde 2023
Saída do União Brasil do governo motivou saída do agora ex-ministro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Diante da saída iminente do ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), o governo do presidente Lula (PT) acumula 13 trocas no primeiro escalão desde 2023, quando o petista assumiu o mandato. Sabino entregou a carta de demissão ao chefe do Executivo nesta sexta-feira (26) durante uma reunião no Palácio do Planalto. Apesar disso, ele deverá se manter no cargo pelo menos até quinta-feira (2).
Lula pediu para que o Sabino fique no cargo ao menos até a próxima quinta-feira (2), quando vai entregar obras relacionadas a Conferência do Clima em Belém, a COP30. O ministro acatou o pedido do presidente.
Sabino foi obrigado a deixar o cargo após o União Brasil decidir romper com governo. Na semana passada, o partido havia dado 24 horas para ele poder deixar o cargo, prazo que terminou não se cumprindo.
O PP, que forma uma federação com o União, também deverá entregar cargos até o fim do mês. Diante disso, o ministro dos Esportes, André Fufuca, também está com a cadeira ameaçada.
Histórico
Sabino assumiu o cargo em julho de 2023 em substituição à então ministra Daniela Carneiro. Na ocasião, a indicação da ministra serviu como um gesto para consolidar a base do governo na Câmara dos Deputados. Agora, a pasta do Turismo segue para o terceiro chefe em pouco mais de dois anos e meio.
Apenas em 2025, Lula trocou sete dos ministros. As mudanças foram motivadas por desempenho, visando melhorar determinadas áreas do governo, ou por crises, como aconteceu com a demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, diante do escândalo dos descontos ilegais no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A última troca no governo aconteceu em maio, com a saída de Cida Gonçalves do Ministério das Mulheres. Desde então, o cargo foi ocupado por Márcia Lopes. A demissão de Cida aconteceu diante de uma insatisfação do presidente com as entregas da pasta.
Confira os nomes que passaram a integrar o governo neste ano:
Sidônio Palmeira, no lugar de Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação Social;
Alexandre Padilha, realocado para o Ministério da Saúde, substituindo Nísia Trindade;
Gleisi Hoffmann, nomeada ministra de Relações Institucionais no lugar de Padilha;
Frederico Siqueira, no lugar de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações;
Wolney Queiroz, assumiu o cargo de Carlos Lupi no Ministério da Previdência Social;
Márcia Lopes, no lugar de Cida Gonçalves no Ministério das Mulheres.