Começa nesta segunda-feira a 16ª COP da Biodiversidade na Colômbia
Evento será realizado na cidade de Cali, de 21 de outubro a 1º de novembro
Foto: Ricardo Stuckert/ PR
A 16ª edição da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-16) começa nesta segunda-feira (21), em Cali, na Colômbia.
O encontro ocorre até o dia 1ª de novembro e aborda o tema Paz com a Natureza.Esta será a primeira COP da Biodiversidade após a estruturação do Marco Global de Kunming-Montreal, assinado por 196 países, em dezembro de 2022, com 23 metas globais a serem alcançadas até 2030.
“Todos temos um papel a desempenhar. Os povos indígenas, as empresas, as instituições financeiras, as autoridades locais e regionais, a sociedade civil, as mulheres, os jovens e o meio acadêmico devem trabalhar em conjunto para valorizar, proteger e restaurar a biodiversidade de uma forma que beneficie a todos”, declarou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres.
Neste ano, são esperados debates sobre o alinhamento da Estratégia e Plano de Ação Nacional para a Biodiversidade pelos países. A versão brasileira foi elaborada para o período de 2010 a 2020, e publicada em 2017.
Segundo a secretária nacional de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Rita Mesquita, a nova proposta está avançada e as políticas públicas adotadas pelo governo federal já estão alinhadas ao compromisso internacional assumido pelo Brasil.
“Nesta COP-16, nós estamos levando uma série de iniciativas que a gente espera poder divulgar e a partir delas construir intercâmbios, interações, parcerias e inclusive novos entendimentos. E que esses entendimentos bebam da nossa experiência”, disse.
É o caso do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, parte central do Plano Clima, que agrega ações para biodiversidade e de enfrentamento à mudança climática, movimento que tem sido defendido globalmente pelo Brasil.
O país também deve participar da discussão sobre a eficiência do Fundo do Marco Global para a Biodiversidade, gerido pelo Fundo Global para o Meio Ambiente, como forma de financiamento.
Conforme a diretora do Ministério das Relações Exteriores, Maria Angélica, no primeiro semestre deste ano foram repassados apenas 1% do que estava previsto.
“Nós estamos abertos, na verdade, com uma visão um pouco até mais moderna sobre o financiamento ambiental. Aceitamos financiamento de diversas fontes e estamos muito engajados nesse diálogo, mas o que nós gostaríamos de ver é uma liderança maior dos países desenvolvidos”, destacou.