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Política

Comércio dos EUA com o Brasil não deveria estar no centro das aflições de Trump, afirma secretária da Fazenda

Desde que foi eleito, Trump vem declarando que irá taxar produtos importados de outros países, e mencionou o Brasil

Por Da Redação
Ás

Comércio dos EUA com o Brasil não deveria estar no centro das aflições de Trump, afirma secretária da Fazenda

Foto: Alan Santos/PR

A secretária de Comércio Exterior do Ministério da Fazenda, Tatiana Prazeres, declarou nesta segunda-feira (6) que as relações comerciais dos Estados Unidos com o Brasil são superavitárias e que, por esse motivo, as trocas entre esses dois países não deveriam estar no centro das aflições do presidente eleito, Donald Trump.

A partir do momento em que foi eleito, Trump vem comunicando que irá taxar produtos importados de outros países. Ele mencionou o Brasil, entre outros. Afirmou ainda que irá taxar em 100% produtos dos países que fazem parte do grupo dos Brics (Brasil entre eles), caso retirem o dólar de suas transações bilaterais.

Perguntaram a secretária Tatiana Prazeres sobre essas afirmações durante anúncio, na Fazenda, sobre os números da balança comercial do Brasil no ano passado.

Para Prazeres, o Brasil prosseguirá no trabalho para ter uma boa relação com os Estados Unidos.

"Brasil e Estados Unidos têm uma relação histórica, têm vínculos econômicos empresariais fortes e trabalharemos para que esses vínculos sejam mantidos e aprofundados. O Brasil tem um superávit robusto com o mundo e déficit com os EUA. E o oposto acontece com os EUA, acumulam déficit comercial com o mundo e superávit comercial com o Brasil", declarou.

De acordo com a secretária, os Estados Unidos ter superávit com o Brasil (ou seja, vende mais do que compra) não fundamenta o temor de Trump com relação às importações brasileiras.

"De maneira que, sobre esse critério, o Brasil não deveria estar no foco das preocupações do governo americano. E é algo que parece chamar atenção do próximo governo dos Estados Unidos e, nesse quesito, o fato de os americanos terem superávit com o Brasil deveria ser levado em conta", finaliza Prazeres.

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