Política

Comissão de Ética analisará atuação do sogro de ministro das Comunicações

Investigação envolve recebimento de empresários no gabinete sem nomeação oficial

Por Da Redação
Ás

Comissão de Ética analisará atuação do sogro de ministro das Comunicações

Foto: Agência Brasil

A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República irá examinar a atuação do sogro do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), no gabinete do genro em Brasília. O jornal O Estado de S. Paulo revelou que Fernando Fialho, pai da esposa de Juscelino, recebe empresários no Ministério das Comunicações, mesmo quando o ministro não está na capital federal. No entanto, o sogro não possui nomeação oficial no órgão.  

A análise feita pela Comissão de Ética Pública ainda não se trata de uma investigação formal sobre o chamado "gabinete paralelo" do sogro. Na prática, o colegiado deverá decidir se tem competência para abrir um Processo de Apuração Ética (PAE). A denúncia já chegou às mãos dos conselheiros.

Caso a Comissão decida pela abertura do processo de apuração, será a segunda investigação formal envolvendo o ministro das Comunicações. Em março, o colegiado iniciou uma apuração sobre o uso de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) por Juscelino Filho para participar de leilões de cavalos de raça em São Paulo, em janeiro. Esse caso também foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. O voo custou pelo menos R$ 130 mil aos cofres públicos, e o ministro recebeu R$ 3 mil em diárias.

Juscelino restituiu parte das diárias alegando um erro no sistema e afirmou ter voltado para Brasília em carona. No entanto, documentos publicados pelo jornal desmentem a versão do ministro. Um ofício assinado por ele indica que sua agenda de trabalho em São Paulo se estendeu de quinta-feira a domingo, quando na verdade ele passou todo o fim de semana dedicado a seus negócios pessoais com cavalos de raça, participando de leilões e do chamado "Oscar do Cavalo Quarto de Milha". Outro ofício enviado ao Ministério da Defesa revela que o próprio Ministério das Comunicações solicitou uma aeronave da FAB tanto para a ida quanto para a volta.

Apesar de mais de dois meses terem se passado desde a abertura do PAE, a Comissão de Ética Pública ainda não tomou uma decisão sobre o caso. De acordo com a legislação, o órgão pode propor ao presidente da República advertência, censura ética, suspensão e até mesmo a demissão do subordinado.

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