Política

Comissão do Senado aprova redução de IR para motoristas de táxi e aplicativos

Projeto reduz de 60% para 20% o percentual de tributação sobre os ganhos com corridas

Por Da Redação
Ás

Comissão do Senado aprova redução de IR para motoristas de táxi e aplicativos

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (23), um projeto de lei que reduz a cobrança do Imposto de Renda para prestadores de serviços de transporte autônomos — como taxistas e motoristas de aplicativos. O texto diminui o percentual de tributação do IR — de 60% para 20% — sobre os rendimentos obtidos pelos motoristas.

Segundo o autor do projeto, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), a porcentagem atual não reflete a capacidade contributiva do transportador, também agravada com o aumento dos custos com combustível e demais insumos, tornando-se excessiva.

Vanderlan destaca que a Previdência Social considera a base tributável para fins de contribuição previdenciária, quando o serviço é prestado por condutor autônomo, o montante de 20% do valor da nota fiscal, devendo-se equiparar à base do IR. O senador também ressalta que, segundo estudo da Organização das Cooperativas Brasileiras, os custos de manutenção e gasolina correspondem a 80% do faturamento de um taxista atualmente.

Para o relator do PL, Sérgio Petecão (PSD-AC), o texto traz uma medida justa e de forte impacto social. De acordo com o parlamentar, parte substancial do faturamento é utilizada para pagar os elevados custos associados ao serviço, como combustível, manutenção, e pneus, além do custo financeiro associado à aquisição do veículo.

Segundo o Poder Executivo, o projeto de lei pode provocar uma redução de receitas estimada em R$ 57 milhões ao ano. Como forma de compensação, o relator sugere ampliação em 0,1 ponto percentual na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras até o final de 2024.

Aprovada em caráter terminativo, a proposta deverá seguir para análise da Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para análise no plenário principal do Senado.


 

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