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Companhia aérea afirma que franquia obrigatória de bagagem inviabiliza operação no Brasil

Chilena JetSmart, antes da pandemia, planejava entrar no mercado brasileiro

Por Da Redação
Ás

Companhia aérea afirma que franquia obrigatória de bagagem inviabiliza operação no Brasil

Foto: Reprodução

A companhia aérea de baixo custo JetSmart, antes da pandemia, planejava entrar no mercado brasileiro em rotas domésticas. Agora, depois da aprovação da lei que estabelece franquia obrigatória de bagagem, a companhia diz que a mudança legislativa vai afetar sua decisão de operar no país.

O modelo de negócios da empresa, consiste em reduzir ao máximo as despesas operacionais para as ofertas reduzidas. Isso significa deixar de oferecer serviço de bordo e entretenimento em voo, mas também a realização de investimentos em aviões novos, assentos mais leves e mais viagens por aeronave.

Aprovada pelo Congresso em 17 de maio, a MP (Medida Provisória) 1.089 de 2021 alterou a legislação do setor aéreo e obrigou a gratuidade do despacho de bagagens de até 23 kg em voos nacionais e de 30 kg em voos internacionais.

Segundo o CEO da companhia, Eduardo Ortiz, a medida pode inviabilizar o mercado brasileiro para ultra low costs como a JetSmart. “Nosso modelo depende de tarifas baixas, se o regulamento for aprovado não poderemos oferecer essas tarifas baixas porque teremos que cobrar pela bagagem.”

O texto foi encaminhado à Presidência da República, que tem até a próxima 3ª feira (14.jun.2022) para vetar ou sancionar o projeto. Caso haja silêncio, a medida é automaticamente sancionada. Nesta semana, o setor de aviação intensificou os pleitos para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vete o texto. A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) enviou carta afirmando que a medida desalinha o Brasil das práticas internacionais.

O Brasil adotou a franquia de bagagem até 2017, quando a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) permitiu que as empresas cobrassem separadamente pelas malas despachadas. Na ocasião, foi dito que isso diminuiria o preço das passagens aéreas, uma vez que os custos das companhias seriam reduzidos e o passageiro pagaria por sua própria bagagem, sem que as despesas fossem divididas entre os demais viajantes. Mas a redução não veio.

Em 2019, Bolsonaro vetou medida semelhante. O Congresso havia incluído uma emenda em medida provisória do governo Michel Temer (MDB), que estabelecia franquia mínima de bagagem para aeronaves a partir de 31 assentos.

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