Varíola dos macacos: secretário afirma que Brasil não deve ter muitos casos da doença
“Quando temos um surto de qualquer doença, é importante termos uma vigilância", disse
Foto: Júlio Nascimento/PR
Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, solicitou à população que fique atenta aos sintomas da varíola do macaco, mas projetou que o Brasil não terá muitos casos da doença. A declaração foi realizada em entrevista ao Poder360 na sexta-feira (10). “A nossa expectativa é que não tenhamos muitos casos aqui no país. Mas depende muito dessa vigilância pessoal, de você evitar ter contatos com pessoas que possam ter sintomas”, afirmou Medeiros.
Desde o mês de maio, o mundo enfrenta o maior surto da doença fora da África. Ao todo, já foram contabilizados mais de mil infectados em outros continentes. No entanto, Medeiros pontua que esse cenário não deve se repetir no Brasil.
O 1º infectado pela doença no Brasil foi diagnosticado em São Paulo na quinta-feira (9). Por enquanto, ele é o único caso confirmado de varíola dos macacos no Brasil. Há, no entanto, outras 9 suspeitas em 6 Estados.
Ainda durante entrevista, o secretário afirmou que a expectativa é de que o resultado dos casos suspeitos seja informado até a próxima semana. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou, na quinta (9), os exames de diagnóstico da varíola dos macacos para todos os Estados.
“Quando temos um surto de qualquer doença, é importante termos uma vigilância ativa e sensível para captar qualquer indício que possa representar um risco para a saúde pública no nosso país”, declarou o secretário.
Os sintomas da doença parecem de 5 a 21 dias depois da infecção e duram de 2 a 4 semanas. Os sinais iniciais são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados e arrepios. De 1 a 3 dias depois do aparecimento da febre, surgem erupções cutâneas (manchas, lesões, ou bolhas com líquido na pele). O secretário de Vigilância pede atenção com esse sintomas.
O Ministério da Saúde informou que também está tentando adquirir vacinas. O objetivo será vacinar pessoas que tiveram contato com infectados os profissionais de saúde que estiverem atuando diretamente com os casos suspeitos. “Particularmente os trabalhadores de laboratório que fazem os exames, porque na medida que eles vão fazer os exames, eles têm maior contato com as amostras biológicas”, declarou o secretário.