Companhias aéreas estimam impacto de R$ 600 milhões com reajuste do IOF
Medida aprovada pelo STF pode encarecer passagens aéreas e reduzir a oferta de voos no Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Com a determinação de retomada do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após um impasse entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, as companhias aéreas Latam, Gol e Azul mantêm a estimativa de um impacto de aproximadamente R$ 600 milhões por ano, o que pode encarecer as passagens aéreas.
Com a nova regra, a medida atinge a indústria da aviação com um aumento para 3,5% da alíquota do imposto nas remessas ao exterior – que, anteriormente, era de 0,38%.
Segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), a medida eleva em até nove vezes os custos das companhias com contratos de leasing de aeronaves, serviços de manutenção e outros pagamentos a fornecedores no exterior. Como o leasing não é contratado no Brasil, essas operações são essenciais para a manutenção e renovação da frota nacional.
Dados da entidade mostram que o impacto da medida é equiparável ao leasing anual de 25 aeronaves de porte médio ou 40 aeronaves Embraer, ou ainda a 80 aeronaves menores para aviação regional.
O reajuste pode levar à redução na oferta de voos, o repasse dos custos aos passageiros, além da perda de competitividade global, uma vez que companhias de outros países não pagam esse imposto.