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Condenação do Brasil com ocorrido de Acari aponta 'falhas graves' na defesa de direitos, afirma Fachin

Vice-presidente do STF pediu por 'estratégias eficazes' para combater poder paralelo realizado por milícias

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Condenação do Brasil com ocorrido de Acari aponta 'falhas graves' na defesa de direitos, afirma Fachin

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que a condenação do Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos pelo sumiço de jovens na Favela de Acari (RJ) "não é um episódio isolado" e "revela falhas graves" na defesa de direitos básicos.

No início de dezembro, a CIDH penalizou o Estado brasileiro pelo sumiço de 11 jovens, em 1990. Os familiares das vítimas aguardavam a sentença há 34 anos e 5 meses — um crime que nunca teve conclusão e que só permaneceu vivo pelo Movimento Mães de Acari.

Fachin é o presidente da Segunda Turma da Corte e iniciou a sessão desta terça-feira (10) com uma fala que marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

O ministro acredita que a data convida a todos a "refletir sobre a contínua e necessária implementação dos direitos humanos".

"O caso revela falhas graves na proteção dos direitos fundamentais e na responsabilização dos agentes do Estado envolvidos em crimes de desaparecimento forçado", concluiu Fachin.

Fachin alegou que a resolução da Corte Interamericana de Direitos Humanos requer que o país tome providências para impedir a violação de direitos essenciais.

Um dos possíveis caminhos seria tornar crime específico o desaparecimento forçado na lei penal. Fachin ainda ratificou que são necessárias estratégias para combater o "poder paralelo de milícias".

"A resistência do Estado em adotar essas medidas reflete também um déficit histórico de accountability e transparência em nosso sistema de Justiça", declarou o magistrado.

O vice-presidente do Supremo acredita que a "crise de desaparecimentos forçados e os abusos cometidos por agentes estatais e milícias exige uma resposta institucional robusta, coordenada e permanente".

"Devemos reafirmar o compromisso de uma Justiça penal que não se omite diante do abuso de poder", completou.

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