Confederações da Indústria, Comércio e Serviços não pretendem assinar ofício de apoio à democracia
Outras entidades do setor produtivo se posicionaram favoráveis ao manifesto de autoria da Fiesp
Foto: José Paulo Lacerda/CNI
As confederações da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e dos Serviços (CNS) apontaram que não pretendem assinar o manifesto em defesa da democracia de autoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). As informações são do Estadão.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) não se manifestou favoravelmente ou contrária a ação.
O manifesto completo deve ser publicado no dia 11 de agosto. Nestes, as entidades empresariais apontam defender o compromisso com Estado democrático de direito e defendem a realização das eleições.
Entre os apoiadores, está a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Individualmente, no entanto, os Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que são públicos e controlados pelo governo federal, não comentaram sobre um possível apoio.
Segundo a CNC, a Confederação respeita a livre manifestação democrática, mas nega a necessidade de assinar o ofício. A entidade aponta ainda que pauta a atuação com base no trinômio " segurança jurídica, livre mercado e democracia”.
“Desde o início da atual gestão, em 2018, a entidade já vem manifestando esse posicionamento em diversas ocasiões, como nas entregas do documento com as recomendações do comércio de bens, serviços e turismo aos pré-candidatos à Presidência da República, realizadas recentemente”, afirma.
Já o presidente da CNS, Luigi Nese, afirmou que “por enquanto” não existe nenhuma evidência de ataques a democracia. “Não tem nada de assinar um documento por algo que não existe”, disse. “Não sei quem é culpado. Defendemos a Constituição. Até agora a Constituição foi respaldada”, seguiu.
Já a Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse) apontou não ter recebido convite para assinar manifestos.