Conselho da ONU aprova resolução sobre cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza
Texto contou com abstenção dos Estados Unidos
Foto: ONU/Manuel Elias
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta segunda-feira (25), com 14 votos a favor e abstenção dos Estados Unidos, o projeto de resolução para um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. A votação ocorreu no mesmo dia em que Israel lançou mais uma ofensiva contra membros do grupo terrorista Hamas.
Na última sexta-feira (22), uma resolução dos Estados Unidos sobre o assunto foi vetada pela Rússia e pela China. Os EUA já tinham vetado três propostas anteriores que exigiam o fim dos combates no enclave palestino.
Antes, o argumento era o de que Israel tinha o direito de se defender após o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro. O documento, publicado nesta segunda, “exige um cessar-fogo humanitário imediato no Ramadã (mês sagrado muçulmano que teve início no último dia 10)” e a libertação imediata de todos os reféns.
Mudança de orientação
Em outubro do ano passado, os EUA vetaram a proposta de resolução feita pelo Brasil, então na presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU. A resolução, que seria a primeira manifestação formal do órgão sobre a guerra entre Israel e o Hamas, já não mencionava um pedido de cessar-fogo.
Mesmo assim, a representante dos EUA no conselho vetou a proposta alegando que o documento não mencionava o direito de defesa de Israel. A intenção dos EUA apresentarem uma resolução no Conselho de Segurança na ONU propondo a interrupção do conflito no território palestino começou a ser ventilada em fevereiro.
Na semana passada, a gestão do presidente Joe Biden enviou ao Conselho de Segurança da ONU um documento que pedia um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Agora, pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, nenhum país votou contra a medida.
Número de mortes
Em comunida no último domingo (24), o Ministério da Saúde palestino informou que a atuação das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza já deixou ao menos 32.226 mortos e 74.518 feridos desde o dia 7 de outubro de 2023.
A nova escalada da violência na região se iniciou quando o grupo armado palestino Hamas deflagrou um ataque a um festival que acontecia no território israelense. Desde então, uma nova guerra no Oriente Médio foi iniciada.