Consumo das classes C e D recua 3% em fevereiro
Pesquisa da Superdigital aponta que consumo relevante no final de 2021 promoveu ajustes orçamentários dessas classes no início deste ano
Foto: Agência Brasil
A pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander, mostrou que o consumo das classes C e D apresentou queda de 3% em fevereiro, comparado a janeiro. O levantamento, traçado mensalmente, busca analisar o perfil de consumo das classes C e D.
Na pesquisa, todas as regiões do Brasil mostraram queda no consumo, com o Norte impactando mais com resultado de -12%. Nas demais regiões, o Centro-Oeste fechou com redução de 9,3% no consumo, seguido do Sul, com 5,8% de queda, Nordeste, com retração de 5,5% e Sudeste, que viu seu consumo recuar 2%.
A CEO da Superdigital Brasil, Luciana Godoy, afirma que as classes C e D apresentaram consumo relevante no final de 2021 e, por isso, ajustes no orçamento são normais e necessários. Luciana explica que grandes contas como IPTU, IPVA e material escolar impactam mais as famílias da classe C e D, além do aumento de preço na alimentação e combustível.
Os setores que mostraram quedas mais significativa no consumo foram Diversão e Entretenimento (-15%), Drogaria e Farmácia (-9%,) Hotéis e Motéis (-8%), Rede Online (-6%), Serviços (-3%) e Supermercado (-3%). Já o setor que se destacou com uma alta relevante no consumo foi o de Companhias Aéreas, que subiu 16%. Lojas de Roupas, Automóveis e Veículos e Telecomunicações também cresceram, 1% cada.
O levantamento mostrou também que o principal gasto no orçamento continua sendo com Supermercado (37%), seguido de Restaurantes (13%), Lojas de Artigos Diversos (11%) e Combustível (7%). Outro dado da pesquisa mostrou que 87% dos gastos totais foram feitos presencialmente, o que representa um ponto percentual a mais se comparado a janeiro.
Em relação ao ticket médio, houve queda significativa nos setores de Diversão e Entretenimento (-9%), Hotéis e Motéis (-8%), Rede Online (-6%), Drogaria e Farmácia (-4%), Restaurante (-3%) e Serviços (-3%). Contudo, subiu o ticket médio gasto com Companhias Aéreas (9%) e Telecomunicações (2%).