Consumo de alimentos ultraprocessados pode estar ligado a um maior risco de demência
O levantamento foi publicado na revista Neurology
Foto: Reprodução/Agência Brasil
As pessoas que consomem maiores quantidades de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, batatas fritas industrializadas e biscoitos, podem apresentar mais chances de desenvolver demência - comparadas aquelas que consomem baixas quantias, segundo um estudo publicado na revista Neurology.
Como mostra o levantamento, os alimentos ultraprocessados possuem baixo valor nutricional e grandes índice de açúcar, gordura e sal, e poucas fibras e proteínas.
Além dos produtos já citados, também fazem parte desse grupo: sorvete, salsicha, iogurte, ketchup, frango frito, feijão, guacamole e maionese industrializados, tomate enlatado, salgadinhos em geral, pães embalados e cereais aromatizados, por exemplo.
“Os alimentos ultraprocessados devem ser convenientes e saborosos, mas diminuem a qualidade da dieta de uma pessoa”, disse o autor do estudo, Huiping Li, em comunicado.
E complementou: “esses alimentos também podem conter aditivos alimentares ou moléculas de embalagens produzidas durante o aquecimento que demonstraram em outros estudos ter efeitos negativos nas habilidades de pensamento e memória. Nossa pesquisa não apenas descobriu que os alimentos ultraprocessados estão associados a um risco maior de demência, mas descobriu que substituí-los por opções saudáveis pode diminuir o risco da síndrome”.
Ainda de acordo com os cientistas, substituir 10% dos alimentos ultraprocessados por não processados ou minimamente processados, como frutas frescas, vegetais, legumes, leite e carne, pode ajudar a diminuir cerca de 19% de chances de apresentar quadros de demência.
“É encorajador saber que pequenas e gerenciáveis mudanças na dieta podem fazer a diferença no risco de demência de uma pessoa”, completou Li.