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Contas do Yacht Clube são reprovadas; Conselho vai contratar auditoria

As contas são da gestão do ex-comodoro Marcelo Sacramento

Por Da Redação
Ás

Contas do Yacht Clube são reprovadas; Conselho vai contratar auditoria

Foto: Reprodução

O Conselho Deliberativo do Yacht Clube reprovou as contas do último exercício da gestão do ex-comodoro Marcelo Sacramento. O grupo estuda agora a contratação de  ma auditoria de processos para investigar e documentar a prática de procedimentos que caracterizem falta de zelo com o patrimônio do clube ou eventuais fraudes.

O Farol da Bahia teve acesso ao parecer elaborado pelo Conselho, nele é possível observar que o limite estabelecido para o orçamento anual do Yacht não só não foi respeitado, como extrapolou os 30% acordados.

“Chegamos a verificar diferença de mais de 1500% no CR de Alimentos e Bebidas. Observamos também duas distorções relevantes na apresentação: O valor do acordo trabalhista lançado como ajuste Patrimonial e não como Despesa, como fica evidenciado na Ênfase do Relatório da Audicont. Tal prática é absolutamente heterodoxa segundo os auditores que disseram não veem lançamentos desse tipo em outras instituições”, diz o relatório. O caixa apresentado ao final do exercício foi de R$4.762.000. No entanto,  o documento aponta que pagamentos relevantes que impactariam o caixa não foram efetuados.

“Parcela de R$330.000 do 13? salário da folha que deveria ser pago em junho conforme acordo coletivo, parcela de R$276.000 de rescisão e Dívida de Cofins não paga de aproximadamente R$ 300.000. Sobre o Cofins vale ressaltar que levantamos em torno R$1.800.000 que entraram como receita e teve enorme impacto no caixa. Caso não tivéssemos levantado esse recurso e fossem pagas todas as obrigações do exercício, terminaríamos o ano fiscal com valor inferior a despesa mensal do clube, o que não cumpriria o Estatuto e levantaria o sinal amarelo em relação a nossa solvência”, continua a planilha.

A contratação de um escritório de advocacia também está na mira da auditoria. “As despesas advocatícias do exercício, nos pareceram muito elevadas, percebemos que quase metade do montante pago foi para um escritório a título de serviços de cobrança. Apesar de pagarmos R$458.000 ao longo do ano, nossas inadimplências de curto e longo prazo aumentaram. A empresa contratada foi fundada em 2013 mas só emitiu a primeira NF em 2016. As NFs emitidas ao longo da relação foram quase todas sequenciadas com raríssimas exceções. Buscando pelo referido escritório na internet, descobrimos que nas redes sociais eles não apresentam cobrança no portfólio de serviços. A inadimplência  atualmente continua no mesmo nível depois de 3 meses de cortado o serviço”, revela o relatório.

Outras contratações, como as mercadorias adquiridas, alimentos e bebidas, referente ao período de julho/2018 a junho/2019, também demonstraram incompatibilidade entre  o que foi adquirido e o que foi vendido.

“Foram levantados dados referentes as compras efetuadas e as vendas efetivamente realizadas, apresentando resultados bastante discrepantes que se refletem a valores financeiros significativos da ordem de mais de R$500.000,00. Essa situação aqui apontada requer uma apuração minuciosa através de uma auditoria de processo, com a finalidade de se apurar quais as razões que ensejaram essa discrepância”, finaliza o documento.

Sacramento rebateu a nova direção na justiça e acusou o grupo de perseguição. Conforme a acusação, impetrada na 6ª Vara Cível e Comercial de Salvador, “criaram no mês de julho uma Câmara de Finanças que não existia, que não acompanhou nossa gestão, com o objetivo específico de dar um parecer negativo sobre as contas, que já tinham sido aprovadas pela contabilidade, auditoria, Conselho Fiscal”.  Hoje, o Yacht Clube da Bahia é comandado pelo Comodoro Marcelo da Gama Lobo.

O Farol da Bahia tentou contato com a antiga gestão do Yacht e com a atual, mas até a publicação dessa nota não obteve retorno. O site se coloca a disposição para ouvir os envolvidos.

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