Corrida global contra o irreversível
Confira o editorial desta terça-feira (10)
Foto: Divulgação/Marcinjozwiak
Na segunda-feira (9) pela manhã, o mundo conheceu um alerta bastante série e bastante pessimista: algumas mudanças climáticas são irreversíveis, é o que apontam 234 dos principais cientistas climáticos o agravamento da emergência climática global.
E este é apenas um de tantas problemáticas apresentadas no Relatório Landmark, da ONU. As descobertas, aprovadas por 195 estados-membros da entidade, descrevem, sempre de forma minuciosa, às vezes até em demasia e repetitivos, como a ação humana impacta de forma negativa o planeta.
O estudo é um ‘esquenta’ para as negociações climáticas da ONU, agendada para novembro deste ano. O resumo, então, funciona como um resumo da ciência para os líderes mundiais, uma forma de adiantar o que será debatido daqui alguns meses entre autoridades que, de certa maneira, tem o poder para tentar amenizar o sofrimento da Terra.
Mas os destaques do documento são duros, como apontar o homem sendo o responsável pelo aquecimento global; o aumento do nível do mar que deve ser irreversível ao longo dos anos; e que nos próximos 20 anos a temperatura global deve subir 1,5 grau Celsius – que segundo os cientistas, geram chuvas mais intensas em certos lugares e secas mais bruscas em outras regiões, além da acidificação dos oceanos.
A esperança, de acordo com o relatório, é que a colaboração mundial na redução das emissões de carbono – desde 2013 – é positiva, ou seja, quando o calo aperta, as nações costumam se atentar mais aos pedidos de socorro do meio ambiente.