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Economia

Corte na taxa básica de juros não deve fazer diferença para endividados do cartão de crédito, diz especialista

Juros do rotativo da modalidade de pagamento superaram 450% neste ano

Por Da Redação
Ás

Corte na taxa básica de juros não deve fazer diferença para endividados do cartão de crédito, diz especialista

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Brasil pode estar a poucas semanas de ter um corte na taxa básica de juros, mas a nova direção na política monetária não deve fazer muita diferença para uma grande parte dos endividados do cartão de crédito, que enfrentam juros superando 400% ao mês, e que devem permanecer por muito mais tempo nesse patamar, de acordo com especialistas. As informações são do Metrópoles.  

Os juros cobrados pelos bancos na modalidade do rotativo do cartão de crédito chegaram a 455% ao mês em maio, subindo mais de 40 pontos percentuais desde janeiro deste ano. A taxa é a maior desde 2017, conforme divulgado pelo Banco Central. 

“O desenho do crédito do cartão rotativo está prejudicando muito a população de baixa renda. Uma boa parte do pessoal que está no Serasa hoje é por causa do cartão de crédito”, afirmou o economista-chefe do Serasa Experian, Luiz Rabi. “As pessoas não conseguem sair do rotativo. É preciso encontrar um caminho negociado como fizemos com a redução do consignado dos aposentados.”

“Praticamente tanto faz onde está a Selic: se for 10%, 9%, e a inadimplência continuar alta, o juro do cartão vai continuar 300% da mesma forma”, acrescentou Rabi. 

O conselho dos educadores financeiros é sempre o mesmo: evitar o crédito de curto prazo e sem garantias oferecido no rotativo, uma vez que outras linhas de crédito têm custos menores. Das dívidas com cartão, mais de 60% é de uso em supermercados, segundo o Serasa.

“A médio prazo, é preciso criar condições para aumentar a concorrência e melhorar o cenário macroeconômico para possibilitar uma redução em juros e inflação. No longo prazo, trabalhar a educação financeira dos brasileiros. Pode demorar uma geração, mas em algum momento temos de começar”, diz Rabi, do Serasa.

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