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Covid-19 agrava pobreza no Brasil e gera desafios para população vulnerável

Baixo acesso à tecnologia tornou mais difícil que mais pobres entrassem no mercado de trabalho

Por Da Redação
Ás

Covid-19 agrava pobreza no Brasil e gera desafios para população vulnerável

Foto: Unicef/Giacomo Pirozzi

A Covid-19 provocou graves estragos no Brasil, que é o país mais afetado na América Latina e o terceiro em todo o mundo. Um dos impactos, foi o aumento da pobreza. No início da pandemia, aproximadamente 30% dos brasileiros eram pobres e 8% da população vivia na extrema pobreza. De acordo com o relatório do Banco Mundial, estão abaixo da linha da pobreza pessoas com renda per capita inferior a R$ 499 por mês. 

Tendo diminuído substancialmente em 2020, as taxas de pobreza aumentaram, acentuadamente, assim que a assistência do governo minguou, tornando evidente a dependência das famílias brasileiras do suporte do Estado diante da falta de oportunidade no mercado de trabalho.

A estimativa é de que as taxas tenham sido inferiores em pouco mais de um ponto percentual em 2021, na comparação com 2019. O programa do Auxílio Emergencial, iniciado em 2020, ajudou a conter o aumento da pobreza do mesmo ano.

De acordo com o economista sênior do Grupo de Pobreza e Equidade do Banco Mundial, responsável pelo relatório, Gabriel Lara Ibarra, o baixo acesso à tecnologia e ao capital humano tornou mais difícil para os mais pobres se adaptarem ao mercado de trabalho na pandemia. 

“Segundo o relatório, os pobres e vulneráveis do Brasil sentiram mais duramente as consequências econômicas negativas da pandemia. A deterioração do mercado de trabalho diminuiu a renda domiciliar do trabalho, com os 40% mais vulneráveis da população sendo os mais atingidos. O baixo acesso à tecnologia e ao capital humano é comum entre os pobres, limitando sua capacidade de adaptação ao ambiente de trabalho ocasionado pela Covid-19", disse. 

Conforme o documento, apesar do progresso realizado nas décadas anteriores, essas divisões socioeconômicas são problemas históricos. Entre 2001 e 2012, o PIB do Brasil cresceu a uma taxa média anual de 2,6% em termos reais, e a diferença de desigualdade de renda diminuiu significativamente à medida que o Brasil experimentou uma redução significativa de 16 pontos percentuais na pobreza geral.

No entanto, mesmo assim, as disparidades na população brasileira permanecem: quase três em cada 10 pobres são mulheres afro-brasileiras que vivem em áreas urbanas, enquanto três quartos de todas as crianças que residem em áreas rurais são pobres.

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