Política

Covid-19: YouTube remove vídeo de Bolsonaro com defesa de tratamento sem eficácia

Plataforma informou, em nota, que expandiu as política de desinformação

Por Da Redação
Ás

Covid-19: YouTube remove vídeo de Bolsonaro com defesa de tratamento sem eficácia

Foto: Reprodução

O YouTube removeu na última segunda-feira (19), pela primeira vez, um vídeo do canal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por violar as regras ao difundir informação incorreta sobre a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O vídeo em questão é uma das lives semanais do presidente, transmitida no dia 14 de janeiro, período em que Manaus vivia um colapso do sistema de saúde. A informação é do jornal O Globo.

No vídeo, o presidente aparece ao lado do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e mais uma vez defendeu a existência de um “tratamento precoce contra a Covid-19”, apesar de autoridades de saúde e especialistas apontarem que não existe tratamento precoce contra a doença. Além disso, em outro momento do vídeo, Bolsonaro  chega a afirmar que o uso de hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e zinco "deu certo" para reduzir mortes. Os remédios citados pelo presidente não têm eficácia contra a doença ou estudos que comprovem que funcionam no tratamento.

Bolsonaro também questionou o uso da máscara e medidas de isolamento social. Ambos são recomendados por especialistas para evitar a disseminação do vírus. O mesmo vídeo segue no ar em outras plataformas, como o Facebook.

A remoção da postagem de Bolsonaro foi revelada pela empresa Novela Data, que monitora a plataforma. O YouTube informou, em nota, que expandiu as política de desinformação médica sobre a Covid-19 e que a plataforma passará a remover vídeos que "recomendam o uso de ivermectina ou hidroxicloroquina para o tratamento ou prevenção da Covid-19, fora dos ensaios clínicos, ou que afirmam que essas substâncias são eficazes e seguras no tratamento ou prevenção da doença". Ainda segundo a plataforma, desde o início da pandemia, o YouTube já removeu mais de 850 mil vídeos por violarem políticas de conteúdo sobre a pandemia. 

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