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Cresce consumo de bebida e drogas por adolescentes no Brasil, aponta IBGE

A experimentação de bebida alcoólica cresceu de 52,9% em 2012, para 63,2% em 2019

Por Da Redação
Ás

Cresce consumo de bebida e drogas por adolescentes no Brasil, aponta IBGE

Foto: Pexels

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), divulgada nessa quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos dez anos, houve um aumento no consumo de álcool e drogas e uma redução significativa no uso de preservativos na faixa etária dos jovens.

O trabalho comparou os dados das quatro edições da pesquisa, 2009, 2012, 2015 e 2019. Foi feito com alunos do 9º ano do ensino fundamental (entre os 13 e os 17 anos) das redes pública e privada em todas as capitais brasileiras. Envolveu 159 mil pessoas. Embora tenha sido feito antes da crise da covid-19, o trabalho já indica uma crescente vulnerabilidade entre os adolescentes, que pode ter aumentado depois da crise sanitária.

A experimentação de bebida alcoólica cresceu de 52,9% em 2012, para 63,2% em 2019. O aumento foi mais intenso entre as meninas (de 55% para 67,4% no mesmo período) do que entre os meninos (de 50,4% para 58,8%). O consumo excessivo de álcool (quatro doses para as meninas, e cinco para os meninos, em um mesmo dia) também aumentou. Foi de 19% em 2009 para 26,2% em 2019 entre eles e de 20,6% para 25,5% entre elas. A experimentação ou exposição ao uso de drogas cresceu em uma década. Foi de 8,2% em 2009 para 12,1% em 2019.

Saúde mental

A saúde mental dos jovens em 2019 já era considerada preocupante, sobretudo entre as meninas. Pelo menos 45,5% delas (contra 22,1% deles) relataram a sensação de ninguém se preocupar consigo. Mais grave ainda, 33,7% delas (contra 14,1% deles) disseram sentir que a "vida não vale a pena".

"Calcula-se que 50% dos transtornos mentais dos adultos começam antes dos 14 anos, na adolescência, uma época de intensidade emocional, maturação do cérebro e descontrole emocional, que pode trazer à tona problemas", afirmou o gerente da pesquisa, Marco Antonio de Andreazzi. "E a pandemia afetou isso de maneira muito séria, o impacto ainda será verificado nos próximos anos.".

Insatisfação com o corpo

De 2009 a 2019, cresceu o número de estudantes insatisfeitos com o corpo. Entre os que reclamavam de serem gordos e muitos gordos, passou de 17,5% para 23,2% em 2019. Já entre os que se consideravam magros ou muito magros, a taxa era de 21,9% e chegou a 28,6%.

"As estimativas da série histórica revelaram algumas tendências, no que se refere a comportamentos de risco entre adolescentes, tais como insatisfação com a imagem corporal, uso de preservativos, consumo de alimentos não saudáveis, cigarro, álcool, outras drogas, saúde mental", sustenta o trabalho.
 
O porcentual de escolares que sofreram agressão física por um adulto da família teve aumento progressivo no período, passando de 9,4%, em 2009, para 11,6% em 2012 e 16% em 2015. Em 2019, houve uma mudança no quesito e 27,5% dos escolares relataram ter sofrido alguma agressão física cujo agressor tenha sido o pai, mãe ou responsável. Já 16,3% dos escolares sofreram agressão por outras pessoas.
 
Entre 2009 e 20019, caiu de 72,5% para 59%, o porcentual de estudantes que tinham usado camisinha na última relação sexual. Mais uma vez, a situação foi mais preocupante entre as meninas. Caiu de 69,1% para 53,5%. Entre os meninos, a queda foi de 74,1% para 62,8%.
 
A boa notícia ficou por conta do alcance da internet. O porcentual de alunos que relataram dispor de acesso à rede em casa chegou a 93,6% em 2019. Foi um aumento de 76,8% desde 2009.

Nesse quesito, a diferença entre estudantes de escola pública e privada, que era grande, despencou 36,2 pontos porcentuais no período. Em 2009, os alunos de escolas públicas que tinham internet em casa eram 43,9%. Dez anos depois, esse índice chegou a 91,6%.

A pesquisa do IBGE indicou ainda que Belo Horizonte apresentou uma redução 9,1% no número de estudantes do 9º ano que usaram algum método para evitar a gravidez. Se em 2015 responderam ter se prevenido 76,7% dos jovens ouvidos, em 2019 o número caiu para 69,7%.

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