Crianças Yanomami acompanhadas pelo Ministério da Saúde possuem déficit nutricional, diz relatório
Já foram registrados 74 mortes no primeiro trimestre na terra Yanomami
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Cerca de 53% das crianças menores de 5 anos em território Yanomami e acompanhadas pelo Ministério da Saúde estavam com déficit nutricional no primeiro trimestre deste ano. É o que indica relatório publicado pelo órgão na última segunda-feira (5)
A população de quase 6 mil indígenas nessa faixa etária que vivem na região, pouco mais da metade é acompanhada pela pasta, número que cresceu em relação ao período homólogo, devido ao aumento da força de trabalho no local.
Já em relação às crianças indígenas, 1.756 foram classificadas com baixo peso e muito baixo peso para idade, conforme o índice antropométrico de peso para a Idade. Esse crescimento é de 500 crianças a mais nessa condição, em comparação os dados dos primeiros três meses de 2023.
O aumento das crianças classificadas com déficit nutricional é consequência da maior captação e ampliação do acesso aos serviços de saúde, argumenta o ministério, de que desde janeiro a março deste ano, 119 crianças voltaram ao peso regular após tratamento da desnutrição.
No primeiro trimestre deste ano, foram contabilizadas 5 mortes por desnutrição, um terço do registrado no mesmo período do ano passado. Em geral, 74 indígenas em terra yanomami morram, redução de 33% em comparação com 2023.
Assim, o documento que esse número são preliminares e estão sendo monitorados e analisados pelas Secretarias de Saúde Indígena (SESAI) e de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA). O relatório leva em conta quase 400 comunidades e 71 polos-base de saúde, com 15% da população Yekuana, Xiriana Xirixana e Sanumá.