Crimes cometidos em redes sociais podem ser comprovados com registros em cartórios
Perfis falsos criados em redes sociais, postagens criminosas, conversas ofensivas em chats de conversas, como WhatsApp, podem ser lavrados em tabelionato de notas para comprovação jurídica

Foto: Arquivo / Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
Perfis falsos criados em redes sociais, postagens criminosas, conversas ofensivas em chats de conversas, como WhatsApp, Telegram, dentre outros, podem ser lavrados em tabelionato de notas para comprovação jurídica em ata notarial. Associados à injúria, difamação ou calúnia, os crimes praticados por meio de internet, como vídeos, áudios ou imagens, que podiam ser rapidamente apagados para dificultar a investigação, agora podem ser registrados por meio de ata notarial autenticadas.
A tabeliã Núbia Barbosa, titular do 9° Tabelionato de Salvador explica como pode ser feito o procedimento. “A vítima, de posse de seu celular, pode se dirigir à um Tabelionato de Notas e todo arquivo será descrito em ata notarial. Os conteúdos, como conversas telefônicas, diálogos via Whatsapp, vídeos e imagens serão autenticados para comprovação que poderão dar seguimento em processos indenizatórios".
A SaferNet Brasil, associação civil de direito privado que visa proteger a defesa dos direitos humanos na internet, registrou alta de 109,95% em denúncias de crimes na internet no ano passado. A maioria das queixas são contra mulheres. Foram 133.732 queixas de crimes cibernéticos - em 2017, foram 63.698.
No mundo, segundo dados de 2018 da Equipe Goobec, o Facebook possui 2,23 bilhões de usuários, o WhatsApp tem 1,5 bilhão e o Instagram conta com um bilhão. Só no Brasil, ainda conforme a pesquisa, são 181,1 milhões de usuários da internet e 127 milhões ativos no Facebook.