Crise climática é ameaça à saúde de grávidas e crianças, diz OMS
Entidade reafirma necessidade de dar respostas aos desastres ligados ao clima
Foto: Reprodução/Pixabay
A intensa onda de calor, chuvas torrenciais, enchentes e deslizamentos mostram que os efeitos da mudança climática estão cada vez mais perceptivos no mundo. Em relatório divulgado na terça-feira (21), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta sobre o que chamou de catástrofe climática e afirmou que a crise merece atenção por ser uma “ameaça urgente” para gestantes, bebês e crianças.
Intitulado “Proteger a saúde materna, neonatal e infantil dos impactos das alterações climáticas”, o texto destaca que essas populações têm sofrido com os efeitos das mudanças climáticas, mas que esses impactos são negligenciados e subnotificados. De acordo com a OMS, os planos para dar respostas aos desastres ligados ao clima deixam a desejar porque não fornecem soluções adequadas às necessidades de mães e crianças.
A OMS calcula que mais de 250 mil pessoas morrem por ano por causa de eventos extremos, como fenômenos meteorológicos, poluição atmosférica e episódios que afetam a água e a segurança alimentar. Segundo a entidade, as catástrofes e o aumento da poluição podem causar complicações ainda na gravidez por terem relação com parto prematuro, baixo peso do bebê ao nascer e morte do feto.
“O futuro das crianças precisa de ser protegido de forma consciente, o que significa tomar medidas climáticas agora para o bem da saúde e sobrevivência, assegurando ao mesmo tempo que as necessidades únicas (dessas populações) são reconhecidas na resposta climática”, disse, em nota, Bruce Aylward, diretor-geral adjunto para a Cobertura Universal de Saúde e Curso de Vida da OMS.