Crise hídrica no Brasil preocupa 90% dos empresários, diz CNI
Novo aumento no custo de energia é o principal medo de 83% dos entrevistados
Foto: Reprodução/R7
A crise hídrica que atinge o Brasil preocupa nove em cada dez empresários, de acordo com levantamento realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 572 empresas. Destes, 83% tem como maior medo, o novo aumento no custo de energia, outros 63% se dizem preocupados com o risco de racionamento e 61% com a possibilidade de instabilidade ou de interrupções no fornecimento de energia.
Os empresários também têm se mostrado preocupados com a possibilidade de racionamento de água (34%), aumento no custo da água (30%) e na instabilidade ou interrupção no fornecimento de água (23%).
Mais da metade (52%) acredita que a crise hídrica pode reduzir a competitividade de suas empresas. De acordo com os dados, 39% consideram essa situação provável e 13% dizem que a perda de competitividade ocorrerá com certeza.
“Há uma preocupação clara com o risco de racionamento e do aumento de custo da energia. Isso pode ter impacto na retomada da produção do segmento industrial, em um momento em que a indústria começa a recuperar a sua produtividade”, diz o especialista em energia da CNI Roberto Wagner Pereira.
“Esperamos que as medidas que vêm sendo adotadas pelo governo surtam o efeito esperado, no sentido de minimizar o risco de racionamento e evitar aumento de custo, para que a indústria consiga se recuperar prontamente dos enormes impactos gerados pela pandemia”, acrescenta o especialista da CNI.
34% dos empresários afirmam em resposta à crise, que intensificarão o investimentos em ações de eficiência energética. Outros 22% afirmam que vão mudar o horário de funcionamento de suas empresas para tentar reduzir o consumo de energia em horário de pico.
A pesquisa empresarial realizada pela CNI ouviu 572 empresas entre os dias 25 de junho e 2 de julho, sendo 145 de pequeno porte, 200 médias e 227 grandes.