Crise na Argentina leva Itaú a vender operação no país

Inflação elevada, falta de previsibilidade e restrições cambiais afetam empresas estrangeiras na Argentina

Por Da Redação
Ás

Crise na Argentina leva Itaú a vender operação no país

Foto: Shutterstock/Foto ilustrativa

O Itaú Unibanco, que operava na Argentina há mais de 40 anos, anunciou a venda de sua operação no país vizinho por R$ 250 milhões ao Banco Macro. A saída do Itaú é apenas um exemplo dos desafios enfrentados por empresas estrangeiras na Argentina nos últimos anos. 

A crise no país, marcada por inflação acima de 100%, falta de divisas e instabilidade política, levou várias multinacionais a deixarem a Argentina. Empresas como a farmacêutica americana Eli Lilly, a empresa de entregas colombiana Glovo e a rede chilena de lojas de departamentos Falabella já haviam optado por encerrar suas operações no país. Os motivos para a saída dessas empresas são a falta de previsibilidade, a insegurança jurídica, a inflação elevada, as restrições cambiais e as dificuldades na transferência de moeda estrangeira para o exterior.

A decisão do Itaú Unibanco ocorre em um momento crítico para a Argentina, às vésperas da eleição presidencial e com uma inflação anual de 115%, o que contribui para a desaceleração da economia. A situação cambial na Argentina tem sido um desafio para as empresas brasileiras que exportam para o país vizinho. As restrições do governo argentino para a obtenção de dólares têm afetado o pagamento de exportações, criando barreiras e prazos dilatados, que chegam a seis meses.

Empresários brasileiros relatam a demora na obtenção de autorizações para acessar dólares no câmbio oficial, o que impacta suas operações e compromissos financeiros. A incerteza política na Argentina, com a ascensão de candidatos de diferentes espectros políticos, aumenta a instabilidade no ambiente de negócios e contribui para a decisão de empresas estrangeiras de deixarem o país.

Para as empresas brasileiras que operam na Argentina, a criação de alternativas para o pagamento em moedas estrangeiras, como o yuan chinês, pode ser uma solução para contornar as restrições cambiais e manter os negócios com o país vizinho.

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