“Decisão absurda” diz presidente do PSL após suspensão da punição do partido
Além de recorrer à Justiça, o PSL estuda novas punições no âmbito partidário aos parlamentares do grupo de Jair Bolsonaro

Foto: Reprodução / Câmara
O presidente do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE), chamou de “decisão absurda” a suspensão da punição a deputados do partido pela Justiça do Distrito Federal.
Após a decisão da Justiça na semana passada, nesta segunda-feira (16), Eduardo Bolsonaro (SP) retomou a liderança do partido na Câmara dos Deputados. O posto estava ocupado por Joice Hasselman (SP).
Além de recorrer à Justiça, o PSL estuda novas punições no âmbito partidário aos parlamentares do grupo de Jair Bolsonaro que, mesmo rompidos com o partido, não deixam a legenda diante do risco de perderem o mandato.
“Como pessoas formando um novo partido insistem em ficar? Como não demos publicidade à decisão? Tudo feito em cartório, registrado. Estamos discutindo novas punições. Prefiro ter uma esquerda honesta [na oposição] a essa pressão típica de regimes totalitários”, atacou Bivar.
Com isso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tornou sem efeito a decisão que havia suspendido os deputados aliados de Bolsonaro das funções partidárias, como a liderança.
O cargo de líder é estratégico porque cabe ao parlamentar, entre outros pontos: escolher os integrantes de comissões; discursar em plenário para orientar os votos da bancada; articular junto aos demais integrantes as votações de interesse do partido.
A disputa pela liderança do PSL na Câmara é resultado da crise que atinge o partido desde outubro, quando Bolsonaro disse a um apoiador para “esquecer” a legenda. Em novembro, o presidente deixou o partido e anunciou a criação da Aliança pelo Brasil.
Desde então, a legenda se dividiu entre o grupo que apoia o presidente da República e a ala que apoia o presidente do PSL, Luciano Bivar.