Política

Decisões judiciais impedem que prefeitos eleitos tomem posse pelo Brasil

No Ceará, dois políticos são suspeitos de envolvimento com facções criminosas e compra de votos

Por Da Redação
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Decisões judiciais impedem que prefeitos eleitos tomem posse pelo Brasil

Foto: Reprodução

A cerimônia de posse dos prefeitos eleitos nas eleições municipais de 2024 foi realizada nessa quarta-feira (1º) em todas as cidades brasileiras. No entanto, nem todos puderam assumir os cargos por força de decisões judiciais. As informações são do jornal O GLOBO.  

Dois dos casos aconteceram no Ceará, onde os políticos são suspeitos de envolvimento com facções criminosas e compra de votos. 

Reeleito prefeito de Santa Quitéria (CE), José Braga Barrozo (PSB) foi preso pela Polícia Federal e a Polícia Civil instantes antes da cerimônia de posse. Barrozo é investigado por suspeita de envolvimento com a facção Comando Vermelho. Investigado no mesmo processo, o vice Francisco Gardel Mesquita Ribeiro (PSB) também foi impedido de assumir, apesar de não ter sido preso. A função de interino coube a Joel Barroso, filho de José Braga e presidente da Câmara de Vereadores.

De acordo com o Ministério Público Eleitoral (MPE), Barrozo foi favorecido por membros do Comando Vermelho durante as eleições municipais do último ano. Eleitores do candidato adversário teriam sido ameaçados e coagidos a votar no prefeito. O MPE pediu a cassação da chapa de Barrozo e Ribeiro.

"Destacamos que toda essa discussão na mídia reflete ações orquestradas por grupos que não aceitaram sua derrota nas últimas eleições. Alegações semelhantes têm sido apresentadas desde 2020, sempre sem qualquer comprovação", disse o prefeito reeleito em nota divulgada no início desta semana.

A posse do prefeito de Choró (CE), Carlos Alberto Queiroz Pereira, o Bebeto Queiroz (PSB), e do vice Bruno Jucá Bandeira (PRD), também foi suspensa. Bebeto foi alvo de duas operações, entre elas a "Ad Manaus", que investiga a suspeita de fraude em contratos envolvendo o abastecimento de veículos da prefeitura do município, segundo a TV Verdes Mares.

A outra é a Operação 'Vis Occulta', da Polícia Federal, que investiga a compra de votos em dezenas de municípios do Ceará, entre eles Choró.

Outro prefeito eleito que ficou impedido de assumir o cargo foi Dr.Rubão (Podemos), no município de Itaguaí. O Tribunal Regional Eleitoral entendeu que, caso o político ocupasse o cargo, estaria configurado um terceiro mandato seguido.  Em 2020, quando era presidente da Câmara de Vereadores, ele assumiu o cargo após o impeachment de Carlo Busatto Júnior, o Charlinho, e do vice. O caso será julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 4 de fevereiro.

Uma situação semelhante aconteceu em Presidente Kennedy, no Espírito Santo. No final de dezembro, o TSE manteve o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) de que Dorlei Fontão (PSB) buscava o terceiro mandato consecutivo, o que é proibido por lei.

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