Declaração de Belém é divulgada sem consenso para uma meta unificada do desmatamento zero até 2030
Bolívia, Suriname e Guiana se manifestaram contra uma meta comum para eliminar o desmatamento ilegal
Foto: Agência Brasil
A Declaração de Belém, documento central da Cúpula da Amazônia, anunciado nessa terça-feira (8), não incorporou uma meta unificada para eliminar o desmatamento ilegal nos países amazônicos e nem contemplou informações sobre a exploração de petróleo na região.
O corpo diplomático do Brasil havia proposto que os países adotassem a meta brasileira de atingir a erradicação completa do desmatamento ilegal até 2030. Porém, nações presentes discordaram. Segundo a CNN, Guiana, Suriname e Bolívia rejeitaram a perspectiva de sair da reunião com uma meta única.
O documento destaca somente “a urgência de pactuar metas comuns para 2030 para combater o desmatamento, erradicar e interromper o avanço das atividades de extração ilegal de recursos naturais e promover abordagens de ordenamento territorial e a transição para modelos sustentáveis, tendo como ideal alcançar o desmatamento zero na região”.
Peru, Colômbia e Venezuela concordaram com a aspiração brasileira.
Outro ponto de desacordo entre os países foi a questão da exploração de petróleo na região amazônica. A proibição da exploração no território amazônico foi defendida pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que apresentou o discurso mais enfático entre os líderes de Estado presentes na reunião em Belém.