Ex-diretor da PRF é preso por suspeita de interferência no processo eleitoral
Mandado de prisão preventiva contra Silvinei Vasques faz parte de operação que investiga suposto uso da máquina pública para influenciar eleições de 2022
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A Polícia Federal efetuou a prisão preventiva de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no governo de Jair Bolsonaro, na manhã desta quarta-feira (9), em Florianópolis, Santa Catarina. A ação ocorreu em cumprimento a um mandado autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como parte de uma operação que visa apurar a possível utilização da máquina pública para interferir no processo eleitoral de 2022.
Além da prisão de Silvinei Vasques, a Polícia Federal está realizando o cumprimento de outros 10 mandados de busca e apreensão, todos relacionados ao caso e autorizados pelo ministro Moraes. Entre os alvos das buscas está o próprio ex-diretor da PRF. As diligências ocorrem em endereços ligados a Silvinei em Florianópolis, sua cidade de residência.
A investigação aponta que Silvinei Vasques é suspeito de ter coordenado blitze ostensivas e direcionadas no Nordeste durante o segundo turno das eleições, região onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha vantagem nas pesquisas em relação a Jair Bolsonaro. Vídeos circularam na época mostrando eleitores nordestinos em transporte público alegando dificuldades para chegar aos locais de votação. A operação da PF, denominada "Operação Constituição Cidadã," busca averiguar se essas ações configuram os crimes de prevaricação, violência política, entre outros previstos na legislação brasileira.