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Bahia

Defensora aponta implementação das bodycams como medida para redução da letalidade policial na Bahia

Audiência pública sobre o tema é realizada nesta segunda-feira (2)

Por Stephanie Ferreira , Laiz Menezes
Ás

Defensora aponta implementação das bodycams como medida para redução da letalidade policial na Bahia

Foto: Farol da Bahia

A Coordenadora do Núcleo de Proteção a Direitos Humanos da Defensoria Pública, Lívia Almeida declarou hoje (02) durante audiência sobre políticas para redução da letalidade policial da Bahia que um comitê interinstitucional será implementado para manter a discussão sobre o tema e monitorar um plano de letalidade policial que será apresentado pelo Estado em parceria com o Ministério. 

Dentre as medidas mencionadas pela defensora, está a implementação da câmera acoplada nas fardas dos policiais militares, que, segundo o governador Jerônimo Rodrigues, segue sem prazo para compra

“A gente pretende que as vagas no Conselho de Segurança Pública sejam paritárias em relação à sociedade civil, para que a sociedade civil possa dialogar nos altos comandos da segurança pública do nosso estado. A gente pretende que as câmeras que estão em processo de implementação, sejam incorporadas aqui ao nosso estado, mas de forma também diferente ao que vem sendo feito e que não deu certo nos outros estados que já tem essa câmera”, afirmou.

A Defensoria Pública lançou, também nesta segunda-feira (2), um edital com prazo de 30 dias para que os cidadãos possam apresentar propostas sobre a redução da letalidade que pode ser parte do plano. 

Cerca de 186 pessoas foram mortas durante trocas e tiros, entre julho até o dia 26 de setembro, de acordo com o Instituto Fogo Cruzado durante 192 tiroteios em ações policiais na capital baiana e na Região Metropolitana de Salvador (RMS).  A defensora reconhece que as comunidades são as mais atingidas. 

“São esses grupos vulnerabilizados economicamente, racialmente, as pessoas negras, os jovens negros, são os que mais sofrem. A falta dessa segurança pública afeta todas as pessoas, mas essas pessoas que estão nesses lugares são as que mais sofrem”., afirmou. 

Lívia ressaltou ainda que há projeto para atender aos familiares das vítimas de ações policiais com mais celeridade. “Uma das propostas que apresentamos ao Estado é que a gente possa fazer uma parceria com a Procuradoria Geral do Estado e a gente consiga fazer um pagamento antecipado a essas famílias que sofreram essas perdas, por exemplo, quando envolvem crianças mortas. Então, por que uma família tem que esperar durante anos e anos um processo judicial se a gente pode, antes disso, resolver, sentar numa mesa e resolver para que essas famílias minimamente tenham uma reparação”, concluiu. 

A audiência pública é realizada pelo Ministério Público do Estado da Bahia, por meio do Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp); o Conselho Estadual de Proteção aos Direitos Humanos (CEPDH) e a Defensoria Pública. 

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