Defesa de Bolsonaro classificou como "parcial" o pedido de indiciamento do ex-presidente
Pedido foi apresentado pela relatora da CPMI, Eliziane Gama
Foto: Valter Campanato
O relatório final da CPMI do 8/1, apresentado nesta terça-feira (17), também solicitou o indiciamento de cinco ex-ministros do governo Bolsonaro. A defesa de Bolsonaro argumenta que a proposta de indiciamento é parcial e tendenciosa, carecendo de elementos que conectem o ex-presidente aos atos investigados. Eles alegam que o relatório possui um viés político, em vez de ser baseado em fundamentos jurídicos, e ignorou as críticas feitas pelo ex-presidente nas redes sociais em relação aos atos de vandalismo ocorridos no 8 de Janeiro.
A senadora Eliziane Gama propôs o indiciamento de Bolsonaro por associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.O relatório será votado pela CPMI nesta quarta-feira (18), e caso seja aprovado, será encaminhado a várias instituições que decidirão sobre a apresentação de denúncias.
A defesa de Bolsonaro sugeriu em documento que o relatório da CPMI não manteve a imparcialidade nas decisões. O documento foi assinado pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fabio Wajngarten, que também foi ex-ministro de Bolsonaro.