Defesa de Bolsonaro move queixa-crime por calúnia contra hacker Delgatti
Advogados acusam Delgatti de calúnia ao imputar falsamente crime de interceptação telefônica ao ex-presidente
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Lula Marques/Agência Brasil
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma queixa-crime por calúnia contra o hacker Walter Delgatti Neto, na última sexta-feira (25). A assinatura do documento conta com os advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Saulo Lopes Segall, Daniel Bettamio Tesser, Fábio Wajngarten, Thais de Vasconcelos Guimarães, Clayton Edson Soares e Bianca Capalbo Gonçalves de Lima. As informações são da CNN.
No seu depoimento, Delgatti Neto afirmou que o ex-presidente Bolsonaro teria solicitado que ele assumisse a autoria de um grampo supostamente realizado contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A queixa-crime apresentada pelos advogados se baseia na acusação de calúnia, já que Walter Delgatti Neto teria imputado de forma falsa a Bolsonaro o crime de interceptação telefônica. Segundo a defesa, durante o depoimento à CPMI do 8 de janeiro, o hacker, “ciente da manifesta falsidade da imputação” contra Bolsonaro, “imputou falsamente o delito de realizar interceptação telefônica ou telemática sem autorização judicial”.
Eles destacam que a acusação foi feita “na presença de inúmeras pessoas e restou divulgada por meio da imprensa, rádio, televisão e internet, o que facilitou, assim, sobremaneira a sua propagação”.
“À luz de todo o expendido, requer seja recebida e autuada a presente queixa-crime, determinando-se a citação do Querelado [hacker] para ser devidamente interrogado, regularmente processado e ao final condenado como incurso no crime insculpido no artigo 138 (calúnia) do Código Penal”, concluem os advogados.