Defesa de Daniel Silveira alega que tornozeleira 'tem vida própria' e emite 'ruídos estranhos'
Segundo o advogado do deputado, existe suspeita de "manipulação do equipamento"
Foto: Reprodução/R7
A defesa do deputado federal Daniel Silveira (União-SP) solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a tornozeleira eletrônica do parlamentar seja substituída, sob afirmação de que o aparelho ganhou "vida própria" e está emitindo "ruídos estranhos". Segundo o advogado, existe suspeita de "manipulação do equipamento".
“Esta defesa, na pessoa do advogado que ao final assina, em razão de anormalidades e comportamentos estranhos vislumbradas na tornozeleira eletrônica instalada no último dia 31/03/2022, 15h, na sede da Polícia Federal, em Brasília/DF, por questões de segurança institucional de seu cliente, e diante das suspeitas de manipulação do equipamento”, diz o pedido.
“Há a indubitável desconfiança de que o equipamento tenha adquirido vida própria em razão de relatos do parlamentar de ruídos estranhos e contínuos, além de esporádicas vibrações sem qualquer nexo ou causa”, completa.
No documento, a defesa também exige que Alexandre de Moraes seja impedido de dirigir o processo. “Este Relator é, simultaneamente, vítima, juiz e acusador, e que viola o sistema penal acusatório vigente no Brasil, caso desconheça.”
Na última quinta-feira (31), Daniel Silveira colocou a tornozeleira eletrônica na sede da Polícia Federal, após passar a noite no gabinete, na Câmara, garantindo que não usaria o equipamento de monitoramento apesar da decisão do ministro Moraes. O parlamentar é acusado de ameaçar o STF e os ministros pelas redes sociais.