Política

Deputado pede que Brasil se prepare para receber refugiados

Portaria prevê visto temporário de 180 dias para ucranianos fugidos da guerra

Por Da Redação
Ás

Deputado pede que Brasil se prepare para receber refugiados

Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara de Notícias

O 1º vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (Cidadania-PR), afirmou nesta segunda-feira (07), que o Brasil precisa se preparar para receber os ucranianos refugiados.

Segundo ele, em entrevista à Rádio Câmara, já há um comitê da sociedade civil para receber os imigrantes, com ramificações em vários estados. A comunidade ucraniana no Brasil é estimada em até 600 mil pessoas, a maioria de moradores de cidades do Paraná.

“Como receber, onde receber, de que forma transportar, onde serão hospedados, como é que vai ser?”, questionou.  “Tem a questão de oferecer não só o teto, mas também a condição de trabalho para que eles possam se integrar rapidamente na economia do País, como fizeram ao longo de todos esses anos. Os ucranianos têm um papel muito importante na economia brasileira”, acrescentou.

Visto e autorização para residência

Uma portaria dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores permite a concessão de visto temporário e de autorização de residência a ucranianos afetados pela invasão feita pela Rússia. Na regulamentação, também são beneficiados os apátridas - aqueles que não têm a nacionalidade reconhecida por nenhum país - que também tenham sido deslocados por causa da guerra.

O visto temporário tem validade de 180 dias. Também poderão solicitar a residência temporária no Brasil, por um período de dois anos. 

O deputado também cobrou do governo uma condenação formal do ataque promovido pelos russos na Ucrânia.“O Brasil tem de mostrar firmeza em dizer: ‘Parem, chega, passou do limite’. Você está acompanhando aí civis, crianças sendo assassinadas brutalmente em uma guerra estúpida, de uma invasão a um país que não tem nada a ver”, afirmou Rubens Bueno.

“Nós somos aqui pela autodeterminação dos povos e, como tal, temos de trabalhar e continuar toda essa luta em defesa da democracia”, completou.
 

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