Deputados federais gastaram mais de R$ 2,5 milhões na contratação de serviços de segurança privada
Dinheiro foi enviado ás empresas por meio de cota parlamentar durante o mês de janeiro de 2023 a outubro de 2024
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Os deputados federais da atual legislatura gastaram R$ 2.585.482,53 na contratação de serviços de segurança privada. O dinheiro público foi enviado ás empresas por meio de cota parlamentar durante o mês de janeiro de 2023 a outubro de 2024. As informações foram levantadas pelo Metrópoles.
A cota para o exercício da atividade parlamentar é um benefício mensal concedido a deputados e senadores para despesas do exercício do mandato. Os serviços de segurança, 68 deputados fizeram uso do dinheiro em gastos que vão desde vigilância e guarda presencial até sistemas de monitoramento.
Após o recorte ser feito com base nos gastos por partido, há ocorrências em siglas de todos os espectros políticos. O Partido dos Trabalhadores (PT), foi quem mais gastou, solicitando R$ 557.993,28 para custear a segurança privada dos deputados federais. Logo depois, aparecerem os parlamentares do PP (R$553.149,24); PL (385.949,23); União Brasil (R$ 320.955,22) e PSol (R$ 285.475,00).
Gasto por estado
Os 10 estados com mais gastos foram:
- Piauí – R$ 756.858,35
- São Paulo – R$ 507.544,46
- Pernambuco – R$ 217.800,00
- Maranhão – R$ 195.717,00
- Paraná – R$ 185.362,76
- Roraima – R$ 122.400,00
- Rio Grande do Sul – R$ 109.112,14
- Bahia – R$ 83.800,00
- Paraíba – R$ 82.917,69
- Rio de Janeiro – R$ 81.065,25
Não houve gastos do tipo entre deputados do Distrito Federal e dos estados de Alagoas, Acre, Amazonas, Espírito Santo, Pará, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Cota Parlamentar
Surgida em 2009, a cota para o manuseamento da atividade parlamentar é um benefício mensal destinado aos parlamentares para custear despesas típicas do exercício do mandato. O valor pode ser gasto com as seguintes despesas:
- Aluguel de escritório de apoio ao mandato no estado;
- Assinatura de publicação;
- Telefonia e serviços postais;
- Passagens aéreas, terrestres, marítimas ou fluviais;
- Combustíveis e lubrificantes;
- Hospedagem (exceto parlamentar do DF);
- Locação ou fretamento de aeronaves, automóveis ou embarcações, serviços de táxi, pedágio ou estacionamento;
- Segurança prestada por empresa especializada;
- Serviços de consultoria e trabalhos técnicos;
- Divulgação de atividade parlamentar (exceto nos 120 anteriores à eleição);
- Participação em cursos e palestras;
- Complementação do auxílio-moradia.
O valor da cota é definido com base no preço das passagens aéreas e nos custos de deslocamento entre Brasília e a capital do estado do deputado. Como resultado, o montante disponibilizado mensalmente varia de acordo com cada unidade federativa