Desafios à fé
Confira o editorial deste domingo (12)

Foto: Divulgação
Uma Semana Santa sem a presença dos fiéis nas missas e procissões, no entanto, conectados com a Igreja pelas redes sociais e plataformas de streaming. Este é o panorama da Páscoa em 2020 para a comunidade cristã, impossibilitada de acompanhar os ritos eucarísticos deste importante momento da fé devido à quarentena imposta contra a disseminação da Covid-19 (novo coronavírus).
O período da Páscoa é o “centro da liturgia, a celebração dos mistérios da fé para os cristãos. O restante do ano é centralizado neste evento. A Igreja encara a pandemia com serenidade. E sem angústia. Enfrentam este momento como uma lição: mostra que o homem não tem domínio do tempo.
No último fim de semana, no Domingo de Ramos, diversas missas foram celebradas de portas fechadas, mas algumas pessoas apareceram após a celebração para buscar ramos. Padres, párocos contam que era visível a emoção dos fiéis diante da peculiaridade, alguns choraram. Queriam mesmo estar presente na liturgia, ao mesmo tempo que entendem a gravidade do vírus e, por isso, ficam em suas casas.
Assim também aconteceu durante outro rito da Semana Santa, o Tríduo Pascal. É o conjunto de três dias celebrados no Cristianismo, composto pela Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Sábado Santo, em memória da Paixão, morte e ressurreição de Jesus. Os fiéis, mesmo longe da igreja, acompanham somente pela internet. Só não teve o lava pés.
A orientação, no entanto, era que os católicos montem um altar em casa, como se fosse a capela ou igreja. Para se sentirem mais próximos. Esta também foi uma Semana Santa sem procissões.
O momento é delicado, mas também de reflexões sobre a vida. A Páscoa serve para fortalecer a fé, mesmo sem participar fisicamente de alguns momentos da liturgia.