No âmbito científico, existe um pertinente debate paralelo à busca pela cura contra a Covid-19 (novo coronavírus): o corpo cria imunidade contra esse vírus? A evidência científica atual (com base em afirmações do médico Anthony Fauci, líder da força-tarefa contra o coronavírus dos Estados Unidos) aponta que a probabilidade de uma reinfecção é remota.
Mas a resposta defectiva, infelizmente, parece longe de uma unanimidade, ao menos enquanto a humanidade encara o combate à Covid-19 dia após dia tateando o incerto. Ainda é preciso mais análises para cravar que este vírus é, mesmo, como qualquer outro vírus e, uma vez curado, o indivíduo cria a imunidade específica.
O caminho, sem dúvida, é arenoso. Existem muitas variáveis em jogo, difícil saber quais, de fato, estão na eminência de um xeque mate. Em outras palavras, o comportamento do paciente desde o contágio até a alta não é exatamente o mesmo processo para todos e, por isso, ainda é uma das questões-chave dessa pesquisa.
No entanto, é por onde se encontram as respostas para, principalmente, flexibilizar as políticas públicas adotadas para conter a disseminação do novo coronavírus, isto é, o isolamento social.
Essa semana, a partir desta possibilidade da não reinfecção, o Chile estuda uma inteligente alternativa a favor da sobrevida à economia local: liberar os cerca de 1.270 recuperados do país andino para sair da quarentena e qualquer restrição de isolamento, no sentido de reativar atividades econômicas.
Ainda parece cedo, de acordo com laudos científicos, para liberar tal medida, mas é uma ideia que pode – e deve – forçar uma resposta exata sobre o tema, o que seria um ganho imenso à volta da vida em sociedade, penso em seu pleno funcionamento.