Descoberta de adaptação de células à disponibilidade de oxigênio garante Nobel de Medicina
Algumas aplicações derivadas dessas descobertas já são realizadas em tratamentos contra anemia
Foto: Jonathan Nackstrand / AFP
Os americanos William Kaelin e Gregg Semenza, junto ao britânico Sir Peter Ratcliffe, foram laureados na manhã desta segunda-feira (7) como os vencedores do Prêmio Nobel 2019 de Medicina. A pesquisa do trio envolve compreender como as células identificam e se adaptam a disponibilidade de oxigênio. Segundo divulgou a Academia sueca, os três irão dividir a premiação de 9 milhões de coroas suecas, o que equivale a aproximadamente R$ 3,72 milhões.
Algumas aplicações derivadas dessas descobertas já estão sendo realizadas em tratamentos contra anemia, de acordo com o comitê do Nobel, e podem levar a estratégias para tratamento de algumas formas de câncer.
Segundo especialistas, a importância da pesquisa se deve ao fato das células necessitarem identificar a quantidade de oxigênio disponível para adaptação da atividade metabólica. Essa situação ocorre, por exemplo, quando o corpo humano chega a altas altitudes ou sofre um ferimento. Diante disso, a quantidade de oxigênio disponível diminui, ativando a chamada resposta hipóxica das células.
Conheça mais cada um dos vencedores
William G. Kaelin Jr, de 61 anos, é americano e professor da Faculdade de Medicina Universidade de Havard, nos Estados Unidos.
Sir Peter J. Ratcliffe, de 65 anos, é britânico e diretor de pesquisa clíncia no Instituto Francis Crick, em Londres.
Gregg Semenza, de 63 anos, é americano e professor da Universidade Johns Hopkins, também nos EUA.