Desembargador impede PF de investigar cúpula da Funai sobre as mortes de Dom e Bruno
Ex-presidente e e ex-vice-presidente da Funai chegaram a ser indiciados pelos assassinatos
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) está com duas decisões que impedem a Polícia Federal de continuar a investigação contra a cúpula da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), no caso das mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
A primeira decisão é do desembargador Ney Bello, de 27 de novembro do ano passado, e impede a continuidade da investigação contra o delegado da PF Marcelo Xavier, que foi presidente da Funai entre 2019 e 2022.
Já a outra é de 19 de dezembro de 2023 e foi assinada pelo mesmo desembargador, onde ele veta a continuidade da investigação do ex-vice-presidente da Funai, o delegado aposentado Alcir Amaral. No entanto, as duas decisões são provisórias.
Os acusados Marcelo e Alcir chegaram a ser indiciados por homicídio com dolo eventual no inquérito que apura os assassinatos. As investigações sobre a responsabilidade dos dirigentes da Funai ainda estavam em andamento, mas foram paralisadas por causa das duas decisões monocráticas.
Os casos devem passar por análise com votação de três desembargadores e a previsão é que isso ocorra em fevereiro.