Desembargadora Maria do Socorro teria ganho relógio avaliado em meio milhão de acusado de corrupção na Faroeste
Descoberta foi feita durante buscas nos endereços de Maria do Socorro
Foto: Reprodução/TJ-BA
A desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Maria do Socorro Barreto Santiago foi acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter ganhado um relógio da Rolex, avaliado em R$ 449 mil. Para os procuradores, o presente foi um pagamento de propina feito por um dos alvos da Operação Faroeste, o advogado Adailton Maturino dos Santos.
Maria do Socorro já está solta, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas Adailton Maturino segue preso. A desembargadora é acusada de atuar em benefício do advogado em uma disputa judicial sobre posse de terras no oeste da Bahia.
A descoberta foi feita durante buscas nos endereços de Maria do Socorro, onde o relógio localizado tinha sido vendido para o advogado e posteriormente dado para a desembargadora.
"A dinâmica delituosa deu-se por meio do recebimento de um relógio Rolex, DAYTONA, Oyster Perpetual, caixa e bracelete em ouro amarelo, mostrador na cor preta, referência 116528, calibre 4130, cuja avaliação atual de modelo semelhante gira em torno de R$ 449.227,0038.", escreveu a PGR na denúncia contra os dois.