Desembargadora suspende inquérito da PF após indícios contra Ricardo Barros
Caso haja envolvimento, investigação passa a ser conduzida pelo STF
Foto: Agência Senado
A desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), suspendeu, nessa sexta-feira (29), um inquérito da Polícia Federal na Justiça Federal após perceber possíveis indícios do envolvimento do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), em suspeitas de irregularidade em contratos no Ministério da Saúde.
Caso o envolvimento do deputado apresente mais indícios, a investigação que tramitava em primeira instância na Justiça Federal, será remetida para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O caso investigado pela Polícia Federal é da época em que Barros esteve no comando da pasta, em um contrato firmado com a Global Gestão em Saúde, os cofres públicos teriam sofrido um prejuízo de cerca de R$ 20 milhões após os medicamentos não terem sido entregues.
O dono da Global, Francisco Emerson Maximiano, e Ricardo Barros foram ouvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 para a apuração do caso.
O processo movido pela PF, por improbidade administrativa, cita o nome de Barros ao menos 200 vezes. Nos depoimentos, servidores da pasta alegam ter sofrido pressão da cúpula do ministério para permitir o contrato.